quarta-feira, 15 de junho de 2011

Talvez...



Talvez isso mude.
Talvez você entre na minha vida sem tocar a campainha e me seqüestre de uma vez.
Talvez você pule esses três ou quatro muros que nos separam e segure a minha mão, assim, ofegante, pra nunca mais soltar.
Talvez você ainda possa pular no rio e me salvar.
Ou talvez eu só precise de férias, um porre e um novo amor.
Porque no fundo eu sei que a realidade que eu sonhava afundou num copo de cachaça e virou utopia.


Caio Fernando Abreu

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