Chegava sempre ao amanhecer.
A garrafa com menos da metade do whisky, fumando o seu último cigarro.
A maquiagem borrada...
Se sentava sempre na escadaria do prédio onde morava, sorvia mais um gole da bebida forte na tentativa de aquecer o frio intenso que vinha de dentro.
Fechava a jaqueta, apertava a garrafa contra o peito, dava um longo trago no seu cigarro e chorava...
O que ninguém imaginava é que o scarpin vermelho foi o último presente que seu ex-namorado lhe dera.
E ela sempre sai calçando-os numa tentativa desesperada, de dizer a ele que ainda se importa, que nunca o esqueceu e que sua ausência dói.
Essa é a súplica silênciosa de Alice... E a sua dolorosa, solitária e interminável espera.
By A.Biloti
Nenhum comentário:
Postar um comentário